terça-feira, 26 de outubro de 2010

ProspecTiva DitatorIaL se escreve assiM? Faltou um A maiúsculo (depois do M).

ProspecTiva DitatorIaL se escreve assiM? Faltou um A maiúsculo (depois do M).

Parece...ou pelo menos dá pinta que pode começar assim. Talvez, uma sigla, para fácil identificação, poderia ser PNDH. Mas, isto coincide com as letras iniciais que abreviam o projeto governamental apelidado de "Programa Nacional de Direitos Humanos" (versão 3.0 Turbo Full PT - PCB e Cia de Esquerda), que respira a nostalgia oriunda do revés da "'comunistalização' tupiniquim" lá das décadas de 50, 60...e por aí (parece que) vai...

Mas, nós, o Brasil, temos bons exemplos que nos servem de inspiração: a Venezuela está bem ali, pertinho, ali em cima, "companheirada" que pode entrar pela porta, pois tem "Chavez"; a Bolívia está logo aqui do lado, sabe aquele tipo de vizinho que tem tanta "Morales" que fecha a porta da nossa geladeira com o pé... E Cuba? Ah, Cuba é um país geograficamente um pouco mais distante do que nossos irmãos "companheiros-camaradas", (a)parece um tanto longínquo, mas consta tão perto quanto vizinho, andam até chamando-o de amigo "Fidel", este sim, ditador mui admirado pelo "POLVO". Será??? Não! Não é o "polvo" que o admira, nem o seu, nem os outros, nem os cubanos dos paredões, fuzilamentos, torturas, misérias e censuras, o "POLVO", admirador nada secreto, é mais conhecido pelo seu "irmão" mais comum, de quatro letrinhas, "alguns" dedinhos e que lembra nome de presidente. Presidente que ama se relacionar com pessoas como Mahmoud Ahmadinejad (presidente, ou melhor, ditador do Irã), Kim Jong-Il (ditador da Coréia do Norte, considerado o regime mais fechado do mundo), o ditador líbio Muammar Gaddafi, e outros "colegas diplomáticos" até aqui não citados.

Além dessa admiração por líderes déspotas, a prospectiva ditatorial do petismo se deflagra sob as propostas do PNDH-3. Ele tem carinha de bebê, mas uma alma comunista-soviética-venezuelana que é uma beleza, berra uma nada rasa reformulação da suada democracia conquistada, e já nasce falando de censura, de ataques à liberdade: liberdade de pensamento, de expressão, de religião...da impossibilidade de recorrer à justiça para o direito de reintegração da posse de uma propriedade rural ou urbana que for invadida, fala em repressões das mais diversas, uma delas é no mínimo descarada, pois, propõe formas de tributos sobre patrimônio pessoal acumulado, inibindo operações de investimentos, como se não bastassem as taxas de impostos exorbitantes que asfixiam e subtraem o trabalhador durante toda a vida, e sobre todas as suas operações financeiras.

É como disse Ives Gandra*, um dos mais conceituados juristas internacionais: "[O PNDH-3] é um decreto preparatório para um regime ditatorial."

Além disso, esse programa defende a profissionalização da prostituição. Não se deveria estar defendendo a dignidade do ser humano oferecendo-lhe oportunidades para uma mudança de vida, dando-lhe uma profissão que respeite seu corpo, seu valor, sua saúde e sua família? Ah, por falar em família, este plano também visa descriminalizar o aborto, visando malograr os frutos dos ventres maternos que andavam ameaçados por palmadas, mas que agora estão prestes a serem "salvos" delas por um envenenamento salino, ou por uma sucção dilaceradora, em nome da "questão de saúde pública". Ainda sobre família, este decreto também trata de desconstruir a instituição das instituições ao impor a diversidade sexual, reprimindo toda e qualquer manifestação contrária à homossexualidade, a ponto de declarar união estável a duas pessoas que se "amem", não importando os gêneros, e daqui a pouco as idades...uma vez que o "amor" justifica e estabiliza toda afeição, dá direitos...direitos? Sim, o direito de combater a heteronormatividade, ao exercer influência direta na educação dos filhos, através da escola, para o apreço às experiências LGBTs. E já que o intuito é impor ideias sobre sexualidade na escola, inclusive adotar livros com conteúdo explícito (muitas vezes com uma linguagem pornográfica) para educação infantil, despertando interesses sexuais precoces nas nossas crianças, o programa PNDH-3 já prevê instalações de máquinas de camisinhas nas escolas, provendo assim não apenas os "recursos" didáticos para as práticas sexuais, mas também para a consumação das experiências explicadas na sala durante as aulas de "educação sexual".

Essas são apenas algumas das 521 propostas de reformulação constitucional anti-democrática, anti-cristã, contra a família e contra a vida, que o programa, assinado por Lula, deseja realizar nos próximos anos caso o poder continue do lado esquerdo deste país.

Não vote na descristianização da nossa pátria. Oremos e lutemos por ela, "porque feliz a nação cujo Deus é o Senhor". (Sl 33: 12a)

Não estou defendendo pessoas, não defendo políticos ou partidos, mas diante desta realidade, sinto que eu não poderia deixar de dizer em quem não poderia jamais votar. E, neste caso, não digo "quem tem ouvidos, ouça", mas quem tem "olhos", decida.

Paz a todos!


* Caso queiram conferir, seguem abaixo alguns vídeos com considerações do jurista Ives Gandra sobre o PNDH-3, e um vídeo com uma reflexão sobre as questões aqui discutidas:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Uma breve reflexão acerca da nova teoria da alma humana, de Machado de Assis para Jacobina, para mim e para você, em "O Espelho".

Quando li, pela primeira vez, o conto "O Espelho", de Machado de Assis, o primeiro pensamento que foi ativado à minha mente foi "esse caba só pode ter comido banana com maconha estragada!" Entretanto, minha leitura rápida, cansada, apenas com decodificação superficial, preocupada com os elementos linguísticos e teóricos da gramática e literatura, não me permitiu abundar em reflexões acerca da "nova teoria da alma humana" da qual Machado de Assis tratou com a criação do protagonista Jacobina.


Na narrativa, Jacobina, conversando com os "quatro ou cinco cavalheiros", trata da sua teoria, ao afirmar que o ser humano não possui apenas uma, mas duas almas: uma que olha de dentro para fora, e outra que olha de fora para dentro. Mas calma, não se assuste também... Vou explicar: A primeira é a alma interior, conhecemos a existência dessa! A segunda é que complica, é a alma exterior; o personagem do conto explica:


"A alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma operação. Há casos, por exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira; as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior implica a da existência inteira.”


Para mostrar o tanto que essa teoria é verdadeira, citarei exemplos de acontecimentos em que percebemos a força que essa teoria tem em nosso dia-a-dia:


Quando se está apressadíssima se arrumando para um evento, e, indo-se para o carro, já pronta, algum móvel da casa por onde a pessoa passa correndo, prende o botão da roupa, fazendo-o cair... A vontade que dá é de quebrar, primeiramente, o móvel que estava ali, e em seguida, a pessoa que estava no carro buzinando desesperadamente! A partir daí, a noite já não se mostra tão boa! Pois era naquela roupa em que se tinha posto tanta expectativa ao comprá-la um dia antes do evento, pré-estabelecendo seu uso para o evento. E foi exatamente daquele botão caído, em específico, que foi retirado o ânimo para a noite.


Quando se está cabisbaixo, preocupado com tantos afazeres, porém inerte, e recebendo o convite de algum amigo para ir ao melhor restaurante da cidade, comer do prato preferido, a pessoa dá-se por satisfeito; aquele prato de camarão trouxe mais significado, naquele momento, do que os problemas da vida!


Nessas e em tantas outras situações, aparentemente cômicas, percebemos a materialização que essa alma exterior, afirmada no conto, é comum e forte! Uma especificidade minúscula de contrariedade às próprias expectativas e vontades é capaz de tornar frustrado um momento (demorado ou não). Ou ainda, uma especificidade minúscula de natureza prazerosa é capaz de inverter para boa a situação que se mostrava em péssimo contexto de conforto. A alma exterior, como é tratada no conto, modifica a alma interior.


Portanto, o ser humano é cheio de inconstâncias! Todavia, sabemos que existem duas vertentes para essa teoria: é bom sermos aquela metamorfose ambulante, e, de fato, somos! Até porque não somos robôs... Mas, a outra vertente é a oscilação exagerada de humor por momentos, através de expectativas exageradas!


Enfim, tiro o chapéu para Machado de Assis, por ser capaz de trazer à tona tantas reflexões acerca de um milésimo de existência da alma humana, visto que o maior Autor/Artista é Aquele capaz de sondar e entender, melhor que nós mesmos, nossos anseios, vontades, erros, acertos, detalhes, sendo capaz, ainda, de nos amar e querer o melhor para nós, independente de tudo isso! ;)


Karol Guedes


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Proponho-te, então...


"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

Ela canta, encanta, traz para si a liberdade ao soprar para o externo aquilo que compõe a mente, alma, corpo, espírito.

Vivifica as relações humanas, aproxima os fisicamente distantes, usa de meios distintos e eficazes para isso: palavras, vozes, gestos, sons, símbolos, sinais...

Não podia deixar de ser trazida à existência por Aquele que É.

A linguagem!

Há linguagem, portanto, em cada detalhe das coisas que significam, e o que não significa?

A percepção é parte intrínseca a nós. Para tudo existe a correspondência de sentido ao alcance de um vocábulo em outro.

“Haja luz!” e o sentido trouxe existência ao visível.

“Não temas!” e o sentido trouxe existência ao alívio.

“Eu te amo!” e o amor já trouxera sentido ao afeto.

Comunicação, interação, expressão, desabafo, alívio...

De diferentes formas, com reais efeitos, sem delongas, ou com elas...

Expressar-se!


Karol Guedes