Uma coisa eu digo: não gostaria de obter todas as respostas, elas seriam tão erradas sobre 'um infinito'...
O aqui e agora já é tão subjetivo e remetem-se a vivências, maneiras, símbolos, imagens, artes tão diversas... Para quê estragar toda essa subjetividade com a busca desesperada de respostas?
Paradoxo? Sim. O desejo pela escrita descritiva, pela literatura lírica... é a prova de uma busca. Uma busca pela percepção, pelos detalhes, pela maravilha do inefável, a complexidade da essência humana, que, paulatina, empírica e realmente, é entrelaçada com a complexidade da essência divina.
Em outras palavras, inteligência que se entrelaça com a sabedoria.
A vida é feita de relacionamentos. (Essa frase sempre será um clichê mais do que verdadeiro)
Ao compartilhar espaço, compartilha-se respiração, toque, cultura, percepção, senso, convenção social, advindos de uma enorme linhagem: família, educação, crença, amigos, conhecidos, outros lugares, e com eles, produções, reproduções, ações e reações; e, o que, inicialmente, parecia apenas um indivíduo passou a ser um mundo. Um mundo específico e sobremaneira abrangente.
O compartilhar e o conviver é o local de interação que abarca uma infinidade de mistérios e segredos. Para mim, aí reside a sabedoria... Em que a visão aberta acerca de uma simples noção de infinitas subjetividades [mente(s) humana(s)] é principal base para o começo crítico da convivência.
O que faz das pessoas um ser inteligente?
Uma coisa eu digo: não gostaria de obter todas as respostas, elas seriam tão erradas sobre 'um infinito'...
Karol Guedes.